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Alunos da Escola de Vela de Ilhabela se integram às tripulações da Copa Mitsubishi

Quem veleja nas classes de oceano sabe que nem sempre é possível contar com tripulação completa. Por outro lado, jovens velejadores, vindos do monotipo, quase não têm acesso às equipes dos grandes veleiros de oceano. A Copa Mitsubishi, por sua vez, é o ambiente perfeito para casar essas necessidades.

Para se ter ideia, na primeira etapa deste ano, nada menos do que 12 alunos da Escola de Vela de Ilhabela Lars Grael (EVI) participaram das regatas, distribuídos em vários barcos.

E essa interação não é recente. Um dos primeiros a contar com os jovens velejadores há muitos anos foi o Jazz, de John Julio Jansen, que comenta: “A gente já vem há um tempo formando este ‘pool’ de velejadores mirins, pois nem sempre é fácil termos a tripulação completa e é interessante proporcionar a quem vem do monotipo. Eu comecei no monotipo”.

Outra equipe que conta com os alunos na tripulação é a do veleiro My Boy, de Lars Müller. “Já passaram pela nossa equipe, nos últimos dez anos, mais de 20 alunos, sempre entre 14 e 18 anos. Hoje a gente tem o João Antonio e o André Anjos, que foram indicados por outros e assim é que vai acontecendo. Sempre tratamos com as famílias dos garotos e garotas e ter novas gerações é muito bom, porque podemos influenciar positivamente a formação dos adolescentes”, comenta Lars.

Daniela Sanchez, comandante da recém-formada equipe do Bora Bora também incorporou alunas da EVI na tripulação do barco: “Nossa mirim no Bora Bora é aluna da EVI. E mesmo antes, quando corríamos com o outro veleiro, sempre tivemos meninas da escola a bordo, todas sempre super seguras, conhecem bem as regras, focadas e cheias de alegria. É uma delícia ter as meninas a bordo. Sempre uma ótima experiência”.

Thiago Baraçal, velejador do Sibarita, de Octavio Faria, que sempre leva jovens a bordo, é também instrutor de vela da EVI e acompanha de perto a interação dos alunos durante as etapas da Copa Mitsubishi.

“Acredito que a EVI sempre será a porta de entrada para a garotada aprender e receber convites para velejar na classe oceânica. Hoje temos mais de 20 alunos, sem contar os ex-alunos, que estão compondo as tripulações dos veleiros oceânicos”, diz Baraçal.

“Vários alunos já conquistaram seu espaço nos grandes barcos e hoje muitos até recebem para ser tripulação efetiva. Isso mostra que o trabalho está fluindo e trazendo bons resultados. A gente tem que lembrar que os comandantes são sempre generosos e não posso deixar de agradecer os donos dos barcos por confiarem e dar oportunidade para os alunos da EVI tripularem seus belos veleiros oceânicos”, acrescenta.

Assim como Thiago, o Coordenador da Escola de Vela Lars Grael, o velejador Bruno Oliveira, envolvido na formação dos alunos, comenta que a EVI hoje conta com 140 alunos, divididos em turmas e por classes no período da manhã e tarde, de segunda a quinta-feira e que a filosofia da Escola é formar, ou ajudar a formar o caráter das crianças e adolescentes.

“É muito gratificante ver que, através do que aprendem aqui nas aulas, eles estão tendo a oportunidade de praticar e desenvolver suas habilidades na vela oceânica. Isso tudo é resultado de um lindo trabalho executado pelos funcionários da Escola de Vela de Ilhabela. Se hoje a Copa Mitsubishi conta com vários alunos a cada etapa, não podemos esquecer exemplos de velejadores que por ela passaram e hoje são grandes destaques, como Juninho de Jesus, Eduardo Matheus, Ronion Silva, Vicente Monteiro, Gabriel Silva, apenas para citar alguns”, diz.

O diretor técnico da Copa Mitsubishi Cuca Sodré, comenta a importância desta relação: “Se a gente for ver, mesmo antes da atual estrutura da Escola de Vela, muitos velejadores que tiveram sua formação de vela em Ilhabela são grandes nomes da vela de oceano, desde a geração pioneira formada por gente como Mário Sergio, Beto, Tinah de Jesus e outros, por exemplo, até mais recentemente o Alex Kuhl e o Douglas Sayd”.

E claro que essa interação é um sucesso porque existe uma troca genuína de experiências nas regatas. Para quem acha que já tem muitas milhas embaixo da quilha, a velejadora Valéria Ravani faz questão de ressaltar: “Tem sido um prazer ter os alunos da EVI a bordo, como mirim e tripulantes mesmo! E quer saber? Eu também aprendo muito com eles! Adoro!”.

O XXV Circuito Ilhabela – Copa Mitsubishi 2025 é organizado e realizado pelo Yacht Club de Ilhabela com patrocínio máster da Mitsubishi Veículos, apoio da Prefeitura de Ilhabela, Descarbonize, Marinha do Brasil, REMAX Mar & Vela, Balaio de Ideias, e-Ventos, Control Service, Jornal Ancoradouro, CBVela, ABVO e FEVESP. A segunda etapa será realizada nos dias 24, 25 e 31 de maio e 1 de junho.

Redação

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