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Café da manhã pode custar até cinco vezes mais, mostra pesquisa do Procon-SP em padarias

O simples ato de tomar café da manhã na padaria pode pesar — e muito — no bolso do consumidor, dependendo da cidade ou do estabelecimento escolhido. É o que mostra a segunda edição da pesquisa comparativa de preços do Procon-SP, realizada entre os dias 23 e 26 de setembro na Capital e em dez municípios paulistas.
O café coado no copo apresentou a maior diferença de preço médio entre cidades, chegando a 151% — enquanto em Presidente Prudente o valor médio foi de R$ 3,83, na Capital o mesmo item custava R$ 9,61. Já o pão de queijo, outro clássico do café da manhã, teve variação de 118%, também com os preços mais altos em São Paulo (R$ 9,44) e os mais baixos em Presidente Prudente (R$ 4,33).
O levantamento, feito para marcar o Dia Mundial do Pão (16 de outubro), tem como objetivo oferecer referências de preços e orientar o consumidor sobre a importância de observar peso, qualidade e custo-benefício ao comprar alimentos e bebidas em padarias.
São Paulo: pão brioche e café coado lideram variações
Na Capital, especialistas do Procon-SP visitaram 50 padarias, distribuídas pelas cinco regiões da cidade. O pão brioche (unidade) foi o item com a maior diferença de preço médio entre regiões — quase 49%, variando de R$ 12,40 na Zona Oeste a R$ 18,43 na Zona Norte.
O pão francês (quilo) apresentou a menor variação (4,55%), com média de R$ 23,29 na Leste e R$ 24,35 na Oeste. Entre as bebidas, o café coado no copo teve variação de quase 40%. Já o combo pão com manteiga na chapa + café coado foi o que mais oscilou entre os itens combinados: 27% de diferença.
Na comparação com o levantamento de 2024, o combo sanduíche Bauru com suco de laranja teve o maior aumento: +32%, passando de R$ 29,65 para R$ 39,08. Por outro lado, o Bauru com café expresso pequeno ficou 11% mais barato, e o expresso pequeno isolado subiu 13,5%.
Presidente Prudente: os menores preços do Estado
Presidente Prudente registrou os menores preços médios em diversos itens. O café coado no copo (R$ 3,83) e o pão de queijo (R$ 4,33) foram os destaques. A cidade, porém, também apresentou grande disparidade entre padarias, com variações internas que superam 100% em alguns produtos.
São José dos Campos: pão brioche varia 540%
Entre todas as cidades pesquisadas, São José dos Campos teve o recorde de variação em um único item: o pão brioche, que custava R$ 16,00 em uma padaria e R$ 2,50 em outra — diferença de 540%.
Ribeirão Preto e São José do Rio Preto: o café mais caro e o mais barato
Em Ribeirão Preto, o café coado no copo apresentou variação de quase 300% — vendido por R$ 15,99 em uma padaria e R$ 4,00 em outra.
Situação semelhante ocorreu em São José do Rio Preto, onde o mesmo item, servido na xícara pequena, variou de R$ 10,90 a R$ 2,75.
Bauru: diferença de mais de 200% em combos
Em Bauru, o combo pão de queijo com café coado foi o campeão de variação entre os itens combinados: diferença superior a 200% — R$ 14,00 em um local e R$ 4,60 em outro.
Sorocaba e Baixada Santista: sabores regionais também variam
O levantamento também registrou itens típicos de algumas regiões.
Em Sorocaba, o bolo indiano teve variação de quase 27%, enquanto na Baixada Santista (Santos e São Vicente) o tradicional pão de cará apresentou diferença de 40% entre padarias.
Acesse aqui os relatórios da pesquisa:
Dicas do Procon-SP: direitos e cuidados na hora do café
O Procon-SP reforça que o consumidor deve verificar preço, validade, peso e ingredientes dos produtos fabricados na própria padaria.
Itens consumidos em até 24 horas não precisam exibir validade, mas todos devem indicar se contêm glúten ou alergênicos.
Outras orientações importantes:
•     Os preços devem estar afixados claramente; em caso de divergência entre gôndola e caixa, vale o menor.
•     Estabelecimentos não podem impor valor mínimo para compras com cartão.
•     Balas ou chicletes não podem ser dados como troco.
•     O pão francês deve ser vendido por peso, conforme portaria 181/21 do Inmetro.
Caso o consumidor tenha problemas com preços ou atendimento, pode registrar reclamação em www.procon.sp.gov.br.
Irregularidades sanitárias devem ser denunciadas à Vigilância Sanitária do município.
Redação

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