Pesquisadores da USP e IPA avaliam costeiras de Caraguá; região terá Alerta Ressacas

Um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), do Governo do Estado, e representantes da sociedade civil participou nesta sexta-feira de uma avaliação da área costeira em Caraguatatuba, entre as praias da Massaguaçu e Mococa, todas na região norte.

Pela Prefeitura de Caraguatatuba,estiveram presentes agentes da Defesa Civil e representantes da Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca.

Grupo no calçadão da orla da Massaguaçu onde tem uma erosão (Foto: Cláudio Gomes/PMC)

Trechos ou toda a parte das praias tem sofrido com o avanço do mar e constantes ressacas registradas nas duas últimas décadas, conforme explicado pela Profª Dra Célia Regina de Gouveia Souza, coordenadora da Plataforma de Comunicação de Riscos Costeiros para o Litoral de São Paulo (Redecost).

Diante dessa situação, o grupo fez um reconhecimento dos pontos de erosão ao longo desse trecho da orla para avaliar os riscos e medidas que podem ser adotadas para evitar situações mais graves.

Para os participantes, a situação na Massaguaçu é crítica e a preocupação é que as obras de recuperação dos trechos já afetados pelas ressacas causem problemas mais sérios. “Sabemos que a construção da estrada não foi responsável por essa situação, mas sim um processo natural que tem aumentado ao longo de 20 anos e agora com mais frequência”, explana a coordenadora.

Com base nesse trabalho, o grupo vai indicar medidas que possam contribuir para a contenção e riscos de mais erosões na área costeira.

Um dos participantes desse grupo, o biólogo Roque Alves Pereira destaca ação que a Associação Caraguatás Ambiental realizou na Praia da Mococa, com o plantio de jundus e o apoio da Prefeitura de Caraguatatuba em fazer o cercamento do local, que tem resistido às ressacas

Alerta Ressacas

Paralelamente a esse trabalho, o IPA também desenvolve um sistema para monitoramento de formação de ressacas. O ‘Alerta Ressacas’ conta com financiamento da Fapesp e tem por objetivo avisar com antecedência a formação dessas ressacas que conforme a Profª Dra Célia Regina de Gouveia Souza, que também coordena esse projeto, tem ocorrido com mais frequência.

“A iniciativa surgiu de se fazer um Plano Preventivo da Defesa Civil (PPDC) para erosão uma vez que ressacas também podem envolver deslizamentos, enchentes, alagamentos”.

A modelagem será online, em tempo real, para que a população costeira e mesmo banhistas possam tomar os cuidados necessários.

Redação

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