Prefeitura de Ilhabela registra boletim contra Estado por distribuição de frascos da vacina com menos de 10 doses

O prefeito de Ilhabela, Toninho Colucci registrou um boletim de ocorrência pelo envio de frascos de vacina com quantidades menores que as informadas pelo Programa de Imunização do Estado.

Cada frasco contém 10 doses, porém a cidade registrou oito frascos com doses abaixo do divulgado. Alguns frascos vieram com oito doses e as notificações foram encaminhadas ao Centro de Vigilância Sanitária do Estado.

A Secretaria de Saúde de Ilhabela tem recebido doses insuficientes de vacinas para aplicar no público alvo da campanha estadual.

Até o momento, a cidade recebeu 4.642 doses e aplicou 4.140, sendo 2.941 de 1ª dose e 1.219 de 2ª dose. As doses restantes (482) são destinadas, na maioria, para segunda dose de idosos.

Para se ter uma ideia, o Estado anunciou a liberação da vacina para idosos de 68 anos. Ilhabela recebeu 180 doses e para aplicar em 100% deste público alvo seriam necessárias 235 doses.

“Não dá para entender o critério do Governo do Estado. Enquanto tem cidades recebendo doses de acordo com o público e atingiram 20% de aplicação, as cidades do Litoral Norte estão recebendo doses insuficientes. Hoje nosso déficit é de pelo menos 1,5 mil doses. Além disso, os frascos estão chegando com menos de 10 doses, isso é grave e por isso estamos nos resguardando registrando boletim de ocorrência. Queremos transparência”, disse Colucci.

Campanha

A Secretaria de Saúde de Ilhabela informa que a vacinação está acontecendo na cidade de acordo com a quantidade de doses recebidas e o número de cadastrados como público alvo.

Por isso, como estratégia, Ilhabela agenda por telefone com o paciente a data da aplicação da vacina conforme a chegada de remessas. Essa medida é para que o idoso não se desloque até a UBS sem necessidade.

Por conta dessa morosidade no repasse de vacinas, o Prefeito de Ilhabela já demonstrou interesse para a compra de vacina disponível no mercado e aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A ideia é que a cidade, assim que liberada, adquira pelo menos 100 mil doses de vacina.

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