Barreira sanitária: veranistas dão desculpas de todos os tipos para vinda a Caraguatatuba

As justificativas para a descida de veranistas para Caraguatatuba são as mais esdrúxulas possíveis, conforme constatado nas entrevistas feitas na barreira sanitária montada na entrada da cidade. O objetivo é verificar as condições de saúde dos visitantes neste tempo de pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Além de aferir a temperatura dos passageiros dos veículos, os fiscais de  saúde pública e da vigilância sanitária estadual também fazem uma pesquisa para saber o local de procedência, e destino, bem como os motivos que os trazem à cidade.

Cortar a grama da casa que estava grande, alimentar o gato, pagar o pedreiro, visitar a tia que não via há muito tempo foram algumas respostas dadas em algumas horas de bloqueio. Foram identificados muitos carros de fora, principalmente São Paulo, além de pessoas que se dirigiam para cidades da região.

A estimativa da Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância Sanitária, é que apenas no primeiro dia da barreira sanitária foram abordados cerca de 500 veículos. Pelo menos uma pessoa foi constatada com febre acima de 37,8 graus e orientada a procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), hoje referência para a Covid.

A medida da barreira sanitária foi determinada pelo prefeito Aguilar Junior, com apoio do governo do Estado, para se prevenir contra a fuga de paulistanos que saíram da cidade devido ao super feriado de cinco dias decretado pela Prefeitura de São Paulo e de alguns municípios da região metropolitana.

“Turistas e veranistas são todos bem-vindos, mas este não é o momento para virem à cidade”, destacou o prefeito, reforçando a infraestrutura de saúde de Caraguatatuba que não está preparada para uma grande quantidade de pessoas.

Juntamente com a barreira sanitária, a Prefeitura de Caraguatatuba faz campanha nas praias para recomendar a banhistas, pessoas que fazem caminhadas ou andam de bicicleta para que fiquem em casa. A Secretaria de Mobilidade Urbana e Proteção ao Cidadão, por meio da Defesa Civil, em parceria com o Grupamento do Corpo de Bombeiros (GBMar) tem passado com carro de som e pessoalmente para orientar os frequentadores.

Foto: Claudio Gomes 

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