Deu Brasil na volta das competições da WSL, com Filipe Toledo o dono da melhor nota no Surf Ranch

Brasileiro venceu a etapa especial em dupla com a Havaiana Coco Ho enquanto que Tatiana Weston-Web ficou em segundo lugar com o Japonês Kanoa Igarashi 

 

O Brasil continua dominando o surf mundial. No retorno das disputas da World Surf League (WSL) após a quarentena do coronavírus, Filipe Toledo foi o dono da festa neste domingo (9) no ‘Michelob Ultra Pure Gold Rumble at the Ranch’, o evento especial em duplas na piscina de ondas criada pelo ícone Kelly Slater.

Fotos: Lawrence/WSL.

Ele fez parceria com a havaiana Coco Ho e na final superando a dupla que teve outra brasileira, Tatiana Weston-Webb, que também fez bonito na competição com a maior nota feminina, junto com o japonês Kanoa Igarashi. O outro brasileiro na disputa, Adriano de Souza ficou em terceiro lugar com a americana Caroline Marks, sendo superado pela dupla Tati e Kanoa.

No sábado, no “aquecimento” para o evento principal, Filipe já havia comemorado o primeiro lugar individual em duplas garantiu a vitória com a maior nota, um 9,67, para somarem 16,24 (com o 6,57 da havaiana) contra 14,63 de Tati e Kanoa. No total, foram 16 atletas competindo em duplas mistas. Entre eles, o próprio Slater que foi superado por Filipe na semifinal. Cada atleta surfava duas ondas, uma para direita e uma para a esquerda, somando a sua maior nota em cada fase. Para participarem, um grande esquema de segurança foi criado pela WSL, com testes do Covid-19 e isolamento antes das disputas.

“Estou amarradão. Foram dois dias irados. A gente teve a competição individual sábado e consegui levar essa e domingo foi em duplas, eu estava com a Coco, que quebrou também. A gente fez a final contra o Kanoa e a Tati, que também estavam surfando muito. Estou feliz de sair com a vitória. Primeiro campeonato depois de seis meses. Esse troféu vai para casa”, vibrou Filipe, quarto melhor do Mundo no ranking CT em 2019.

Na primeira fase do evento, Filipe foi o primeiro a surfar na piscina e logo em sua primeira onda, uma direita, caiu no início, tirando apenas 1.17, mas depois se recuperou com um 7,67, para ele e Coco somarem 14.07 contra 11,34 dos americanos Kolohe Andino e Alyssa Spencer. Na semifinal, Filipinho subiu o nível com um 8,93 e o placar foi de 15,96 sobre os 10.33 de Slater e Sage Erickson. Do outro lado, Kanoa e Tati também vinham surfando muito bem, com direito a notas muito boas, como o 9 do japonês e o 7,93 da brasileira, a maior entre as mulheres.

Na finalíssima, Coco garantiu um 6,57 na direita e um 4,5 na esquerda, enquanto que Tati fez 7,43 e 7,07, mas Filipe não sentiu a pressão e fez uma onda quase perfeita, com direito a dois aéreos, um deles muito alto, assegurando a melhor nota dos juízes mais uma vez no Surf Ranch (assim como ocorreu na estreia do local) na direita e depois um 5.17 na esquerda. Faltava só Kanoa na onda, precisando de um 8,81, mas errou nas duas apresentações, com 1.33 e um 7.20.

“Agora é voltar para casa, curtir a família, meus filhos. Eu amo ser pai. Amo meus filhos, amo o carinho que recebo e amo dar carinho e amo minha esposa”, declarou Filipe, falando em relação ao Dia dos Pais. “Sobre as competições ainda é meio incerto o futuro, até quando sair uma vacina ou quando esse vírus acabar, mas assim que voltar, estarei com todo o gás, o medo de perder não passa pela cabeça, só a sede de vitória de poder ir lá fazer o melhor, de colocar a lycra e competir, que é o que eu amo fazer”, completou.

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