Famílias desalojadas começam a retornar para casa em São Sebastião

Após quase um mês da chuva que devastou São Sebastião, cerca de 270 famílias poderão retornar para casa. A Prefeitura, Defesa Civil Nacional, Estadual e Municipal, além dos órgãos que atuam em conjunto com a Gerência de Apoio do Litoral Norte estão orientando o retorno de moradores às residências que estavam temporariamente interditadas.

O importante passo para a liberação das unidades classificadas como Setor de Monitoramento Intensivo (SMI), identificadas com adesivo amarelo, levou em conta a análise de informações técnicas como o monitoramento dos acumulados de chuva e condições meteorológicas.

A medida foi tomada depois de um longo período de trabalho, múltiplos esforços e avaliações adicionais, em que foi possível determinar que não há mais risco que impeça o retorno imediato das pessoas para suas casas.

O acompanhamento e atendimento social das famílias seguem sendo realizados pelas equipes da Prefeitura, governo estadual e demais parceiros que ajudam neste momento de crise humanitária e de reconstrução do município.

Interdições

O primeiro relatório parcial produzido por técnicos do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), que engloba o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e Instituto Geologia (IG), juntamente com equipes da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, resultou na interdição de aproximadamente 600 imóveis.

Até o momento, no bairro Itatinga, foram 85 casas, das quais 30 tiveram que ser interditadas temporariamente, 45 classificadas como monitoradas e outras 10 interditadas de forma definitiva (9 já foram desmontadas por meio da Operação Desmonte). Ainda na região central, foram interditadas 16 residências, incluindo 9 interdições temporárias, 6 classificadas como monitoradas e 1 interdição definitiva.

Já na Costa Sul, o estudo identificou que cerca de 500 moradias precisaram ser interditadas, abrangendo os três níveis de classificação. Na Vila Sahy, o epicentro da tragédia, foram identificadas pelo menos 70 residências com recomendação de interdição definitiva, sendo que 12 dessas já foram desmobilizadas pela prefeitura. Outras 145 interdições temporárias e 70 monitoradas foram registradas no local.

Segundo a Defesa Civil, os demais imóveis foram identificados nos bairros de Juquehy, Toque-Toque Grande, Cambury e Baleia. As equipes técnicas continuam realizando estudos e outras áreas estão sendo mapeadas. Até o momento, foram interditadas definitivamente (adesivo vermelho) 123 casas, 208 foram interditadas temporariamente (adesivo laranja) e 272 estão em monitoramento (adesivo amarelo).

Novas moradias

A Prefeitura, em parceria com os governos estadual e federal, por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, estima a construção de mais de 900 imóveis, entre casas e prédios de até quatro andares, destinados às famílias que perderam suas casas com a forte chuva que devastou São Sebastião no último dia 19 de fevereiro.

Das 11 áreas já indicadas pela administração municipal, ao menos três estão em fase de terraplenagem, nos bairros da Topolândia e Vila Sahy. Segundo a gestão estadual, as primeiras unidades habitacionais devem ficar prontos em até 150 dias.

Conjunto Habitacional em Bertioga

Durante esta semana, famílias que ficaram desabrigadas devido às chuvas e foram acomodas em hotéis e pousadas da região começaram a ser transferidas para o Conjunto Habitacional Caminho das Flores, localizado no bairro Quaresmeira, em Bertioga. A medida foi tomada em caráter emergencial e deve beneficiar cerca de 1.200 pessoas.

Segundo informações do governo de São Paulo, a intenção é que essas pessoas permaneçam em Bertioga pelos próximos oito meses, enquanto a construção das novas moradias em São Sebastião estiver em andamento. Até o final desta semana, cerca de 60 famílias seguem para a nova residência.

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