Parlamentares cobram melhores medidas para prevenção ao Convid-19

Em Sessão Ordinária realizada nesta terça-feira (17/03), os Vereadores se manifestaram sobre as medidas de prevenção para evitar o contágio do Covid-19. A Prefeita chegou a encaminhar os decretos com uma série de medidas preventivas, mas os parlamentares afirmam serem tímidas diante do que está acontecendo em diversos outros países.

No primeiro momento, o Vereador Gabriel Rocha sugeriu que todos os agentes Comunitários de Saúde passem a realizar seu trabalho remotamente, através de telefone.  O mesmo também é defensor de mudanças no horário de travessia e propôs que fossem realizadas a cada 2 horas, sem que interfira no direito de ir e vir.

O Vereador Thiago Souza (SD) atentou sobre as questões legais no bloqueio de entrada do município. “Não podemos passar a bola para a prefeita de coisas que são inconstitucionais. Temos que ser claros: não conseguimos parar a balsa e proibir a entrada. O que podemos fazer é uma triagem. Quem possui casa de veraneio, paga seus impostos e tem o direito de entrar no município”, afirmou.

O Vereador Luiz Paladino (PSB) foi ainda mais além e salientou que tanto o Governador do Estado de São Paulo João Dória, quanto o Prefeito de São Sebastião, que afirmou não se envolver com as decisões sobre a travessia, e a Portaria do Ministério da Saúde permitem que a cidade tome a decisão que achar mais assertiva para conter a propagação. “Todas as cidades colocaram decreto antes, é só ver como funciona toda a evolução da doença no mundo. Não é possível que não tenhamos atitudes de prontidão. Ilhabela só tem um acesso, como não conseguimos controlar? Não digo proibir totalmente, mas é preciso liberar uma triagem de travessia apenas para serviços essenciais. Temos que errar no excesso de segurança”, salientou o parlamentar.

Sobre a quantidade de infectados, o município não divulgou nenhum caso positivo até a manhã desta quarta-feira (18/3), mas possui 10 suspeitos. Diante deste panorama, o Vereador Anísio Oliveira criticou as medidas que enfatizou serem pouco efetivas. De acordo com ele, Ilhabela estaria com maior número de suspeitos de todo o litoral se considerarmos que temos cerca de 40 mil habitantes.  “Ilhabela é um destino mundial, não são só turista que estão passando, alguns têm casas aqui e decidem ficar de “quarentena” em Ilhabela. Não queremos isso”, enfatizou.

Anísio afirmou que as medidas tomadas sobre as unidades escolares ainda não são suficientes, pois os funcionários, inclusive de cidades vizinhas, continuam circulando no município. “Dentro da máquina pública, no Paço, transitam mais de 1 mil pessoas por dia, conseguimos evitar isso. Na rede de educação temos mais 800 funcionários, a metade é de São Sebastião e Caraguatatuba. Se deixarmos esse pessoal em casa, evitamos esse fluxo de pessoas na balsa ou vindo para cá”, explicou o parlamentar.

O Vereador Mateus Pestana (Pc do B) pediu um pouco de calma para as pessoas sobre a questão dos resultados. “Por enquanto precisamos reforçar que aqueles que puderem ficar em casa, devem permanecer nesse isolamento. Utilizem água e sabão na higienização, álcool gel deve ser utilizado caso não consiga lavar”, afirmou.

Os casos de dengue também tem preocupado os parlamentares, o Vereador Valdir Veríssimo relembrou que estamos com mais de cem casos de dengue e quem estiver se precavendo em relação ao coronavírus que aproveite para limpar seu quintal. “Já que vai ficar, faz um trabalho no quintal, na área do terreno ou daqui a pouco teremos duas epidemias varrendo a cidade”, alertou.

O Presidente da Câmara Marquinhos Guti criticou a forma como a travessia vem sendo executada, uma vez que foi informado da entrada de 470 turistas de um dia, no domingo de manhã, em Ilhabela. “É preciso tomar uma decisão não dá pra fazer uma reunião e ficar deslizando. É preciso tomar algumas ações firmes. Outra preocupação é a quantidade de pessoas que falam que virão para a Ilha. Acredito que podemos fazer igual ao Rio de Janeiro e restringir o uso de praia, temos que proteger a nossa população. Na hora que tivermos um caso confirmado, os turistas vão embora e o problema ficará no município”, concluiu.

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