Policiais militares de Caraguatatuba participam de capacitação para atender vítimas de violência doméstica

Entender a melhor forma de atender uma mulher vítima da violência doméstica. Este foi o intuito da capacitação realizada na quarta e quinta-feira (23 e 24/01) para policiais militares que vão atuar na Ronda Maria da Penha, em Caraguatatuba, a partir de fevereiro.

Saber identificar e acolher a vítima, sem julgamento precipitado. Este foi um dos pontos abordados pela assistente social Márcia Denise Gusmão Coelho, coordenadora do Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM), da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania.

Ela foi uma das palestrantes da capacitação realizada na sede do 20º Batalhão da Polícia Militar. “Quando chegamos para atender uma vítima da violência, temos de entender que ela precisa ser acolhida e não julgada porque já está sofrendo com o tratamento que recebeu”, pontuou aos mais de 30 PMs que participaram do curso.

Já a psicóloga Jaquelina Teixeira destacou os principais indicativos que levam a mulher a se ver dentro de um relacionamento abusivo e muitas vezes não consegue enxergar e muito menos ter forças para sair desta situação.

“Esse companheiro consegue minar todas as suas forças, sua auto-estima, coloca ela no chão, mas esse é um processo, muitas vezes longo, em diversas etapas, que a vítima não consegue enxergar, por isso o acolhimento de quem recebe essa mulher é importante”.

O servidor municipal Eduardo Giglio explicou aos presentes as alterações na Lei Maria da Penha e outras legislações que foram criadas e revisadas para atender essa mulher vitimizada. “Hoje o policial militar, o delegado podem solicitar medida protetiva, via administrativa, para que o agressor seja retirado do lado da vítima, e o juiz ratificar a decisão em 24 horas, podendo manter a prisão preventiva ou relaxar.

O comandante da 2ª Companhia da Polícia Militar em Caraguatatuba, capitão Luís Fernando Oliveira, destacou a importante desse trabalho e reforçou que Ronda Maria da Penha terá uma equipe diária de dois policiais da Atividade Delegada já a partir de fevereiro.

Para a PM Anny, foi importante a participação da capacitação. “Ouvir o que se falou aqui mexeu comigo. É uma longa caminhada tanto para nós como para as vítimas, mas sabemos como melhor agir”.

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