Professora da Rede Municipal está entre vencedores do Prêmio Educação Infantil – Boas Práticas durante a Pandemia’, da FMCSV

A professora Pricila Perossi Magalhães, 42 anos, da Rede Municipal de Ensino de Caraguatatuba, foi uma das ganhadoras do Prêmio Educação Infantil – Boas Práticas durante a Pandemia, da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV). O resultado foi anunciado na última quarta-feira (31), durante live dos organizadores.

A educadora estava tão nervosa, durante a transmissão, que não percebeu o momento em que seu nome foi anunciado e colocado na tela. “Meu filho, Luís Eduardo, 11 anos, foi quem me mostrou o meu nome escrito entre os ganhadores. Os apresentadores leram também. A felicidade foi muito grande”, contou.

A proposta, que lhe rendeu o prêmio, foi a criação da personagem “Professora Pricila Ila de Quartimbiribila” e os vídeos postados no canal do Youtube e produzidos para o Whatsapp.

“Quando as aulas foram interrompidas por causa da pandemia do novo coronavírus, percebi que, pela gravidade da situação, tinha que inventar um modo de chegar até os alunos, seus pais ou responsáveis de uma maneira leve. Essa forma de trabalhar a sonoridade do meu nome de forma engraçada (Pricila Ila de Quartimbiribila) fez com que pudesse criar situações e brincadeiras engraçadas com as crianças para transmitir o conteúdo pedagógico”, explicou.

Foram 33 vídeos para o Youtube e outros que ela perdeu a conta para Whatsapp, durante o ano letivo de 2020 para os alunos da 1ª Fase, de quatro e cinco anos, da da EMEI Pedro João de Oliveira, no bairro Tabatinga. Todos produzidos em casa com ajuda de adereços, roupas antigas e perucas coloridas.

“O sucesso foi tão grande e o envolvimento das crianças e da família também que abri uma página no Facebook, onde os alunos faziam vídeos das lições em casa e enviavam para postar. Houve muita interação entre os alunos e entre as famílias. Deu super certo e foi muito gratificante”, afirmou.

Docente há 23 anos, Pricila iniciou a carreira na rede particular de São Paulo, depois prestou concurso para a Rede Municipal de Ensino na capital e há 10 anos está na Rede Municipal de Caraguatatuba. Passou como professora ou coordenadora pedagógica pelas unidades escolares: EMEI/EMEF Benedito Inácio Soares (Massaguaçu), EMEI Pedro João de Oliveira (Tabatinga), CEI Severino Vitoriano dos Santos (Jardim Gaivotas) e EMEI Maria de Lourdes Lucarelli Perez (Indaiá).

“Sempre trabalhei na Educação Infantil.Tenho encantamento por essa fase do desenvolvimento, da criatividade dos primeiros anos de vida. É a etapa mais importante. Abre as portas para essa criança ter uma vida escolar feliz ou não. Conduzir ela nos primeiros anos, mostrar esse caminho com muita alegria e criatividade é minha paixão”, declarou.

Prêmio

A Educação Infantil foi uma das áreas mais impactadas com o fechamento das escolas por causa da pandemia de Covid-19, desafiando pais e cuidadores a coordenar e participar mais ativamente da aprendizagem das crianças. Esse cenário reforçou a importância da figura das professoras e professores, imprescindível no desenvolvimento das crianças na Educação Infantil.

O objetivo da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal com o Prêmio Educação Infantil – Boas Práticas durante a Pandemia é valorizar a Educação Infantil e reconhecer a importância dos profissionais dessa área, fortalecendo a sua identidade, além de evidenciar as boas práticas que estão sendo realizadas com as crianças e suas famílias nesse contexto da Covid-19.

Queremos colaborar para que a sociedade entenda o significado e a relevância da Educação Infantil por meio das histórias e práticas das professoras e professores com as crianças e famílias, garantindo os seis Direitos de Aprendizagem (expressar, conviver, brincar, participar, explorar e se conhecer) e em consonância com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular).

Foram inscritos 707 projetos, passaram para a segunda fase 218, na terceira fase foram selecionados 150 e premiados 100 práticas de professores de todo o país. De acordo com os realizadores, dos 100 premiados, 70 profissionais estão na faixa etária de 40 e 50 anos e têm mais de 10 anos de profissão.

Cada um dos 100 ganhadores receberá o valor de R$1.000,00 e um curso de formação sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para aprofundar os conhecimentos e práticas dos docentes. A capacitação será de 40 horas, on-line, realizada pelo Instituto Singularidades.

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