São Sebastião confirma segundo caso de gripe aviária

A Prefeitura de São Sebastião, por meio das secretarias de Saúde (SESAU) e do Meio Ambiente (SEMAM), confirmou, na quarta-feira (16), junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), a ocorrência do segundo caso positivo de Influenza Aviária (H5N1), novamente em uma ave silvestre.

‌Assim como no primeiro caso positivado, a ave é um Trinta-reis-de-bando. Dessa vez, foi encontrada na Praia do Arrastão, no sábado (12), e resgatada pelo Instituto Argonauta. Na sequência, foi feita a coleta de exame no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), com a divulgação do resultado na quinta-feira.

‌A primeira ave foi coletada em uma unidade da Petrobras próxima à ‘Praia dos Boneteiros’, na região central de São Sebastião, no dia 6 de julho.

‌A diretora de Vigilância em Saúde, Fernanda Paluri, explica que assim que as aves suspeitas são encontradas, seguindo os protocolos estabelecidos, é feito contato imediato com o Serviço Veterinário Oficial (SVO) para comunicar o ocorrido.

‌Diz, também, que desde o início do surgimento de casos de gripe aviária no Brasil, o município tem feito um trabalho constante e ininterrupto. “As ações acontecem por meio da Defesa Agropecuária em parceria com o CCZ. Temos plantões veterinários diariamente, inclusive aos finais de semana e feriados, para atendimento de qualquer ocorrência relacionada a aves com suspeita da doença”, diz.

‌Fernanda diz que o Instituto Argonautas também é parceiro e trabalha em conjunto com o CCZ e que já foram feitas diversas visitas pela Defesa Agropecuária em diversos locais onde ocorrem atividades de subsistência, ou seja, de eventual consumo de aves pelo próprio produtor. “A Vigilância Epidemiológica também faz o acompanhamento caso alguém tenha entrado em contato com esses animais no período de dez dias”, explica.

‌No momento, o Estado de São Paulo soma 13 casos confirmados de gripe aviária em oito municípios, todos em aves silvestres. No Brasil, há 80 casos da doença.

‌A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo decretou, na terça-feira (15), em atendimento a um pedido do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), estado de emergência zoosanitária em São Paulo, em caráter preventivo, por 180 dias. A medida visa reduzir a burocracia nas medidas de prevenção e controle da doença.

‌Orientações

‌Especialistas do Centro de Controle de Zoonoses de São Sebastião (CCZ) alertam os munícipes sobre como agir caso encontrem aves com comportamento suspeito de influenza aviária (H5N1).

‌As aves infectadas pelo vírus podem apresentar sintomas bastante variáveis, entre eles, sinais respiratórios como espirros, tosse, lacrimejamento, “cara e crista inchados”, corrimento nasal e dificuldade respiratória. Podem, também, diminuir a ingestão de alimentos e a produção de ovos, apresentar diarreia, sinais como incoordenação motora, torcicolo e alta mortalidade.

‌As espécies que inicialmente correspondem ao perfil de maior interesse epidemiológico são aves aquáticas migratórias com comportamento de formação de bandos ou colônias, com alimentação, descanso, produção de ninho ou reprodução associados a ambientes aquáticos como patos, gansos, marrecos, gaivotas, jaçanãs, maçaricos, trinta-réis, entre outros.

‌No entanto, uma vez que esteja disseminado o vírus, a doença pode afetar qualquer espécie de ave, causando enormes prejuízos à avicultura comercial e riscos à saúde pública.

‌A infecção humana ocorre principalmente por meio de contato direto com aves infectadas. Por isso, o CCZ alerta: não toque em aves suspeitas doentes ou mortas, ligue para 199 e aguarde orientação da autoridade sanitária.

‌Aves suspeitas devem ser manipuladas somente por profissionais capacitados e com a utilização de equipamento de proteção individual (EPI) completo.

‌O CCZ ressalta que o consumo de carne de aves e de ovos adequadamente cozidos não transmite a doença.

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